quarta-feira, 16 de julho de 2025

Borracheiro agredido por PMs em Parnaíba-PI vai pedir indenização, diz advogado

João Henrique, jovem borracheiro agredido por três policiais militares na cidade de Parnaíba, litoral do Piauí, no último sábado, 13, irá solicitar indenização por danos civis. Os agentes foram afastados da corporação. À reportagem, o advogado da vítima, Sammai Cavalcante, explicou como irá ocorrer o processo. 

João Henrique foi agredido por policiais militares quando estava na frente de um comércio/Reprodução 

“Não existe por parte do João Henrique, deste advogado, deste escritório de advocacia uma coisa contra a instituição da polícia militar. É uma instituição que merece respeito, é uma grande corporação, é uma polícia de enfrentamento. [...] Então, nós estamos falando de um ato isolado de um policial militar atraído da corporação, só que esse ato isolado dele gera repercussões”, disse.

Segundo ele, a conduta policial é considerada uma agressão desnecessária, abusiva e truculenta. Uma câmera de segurança registrou o momento do ocorrido.  O rapaz, que usava capacete e balaclava, foi questionado pela sua aparência. As imagens mostram um agente desferindo socos no jovem, que é derrubado no chão, enquanto outros policiais observam. 

“Merece uma reprimenda por parte da corporação. Isso ocorre internamente lá na na instituição da polícia militar do estado, tem a corregedoria, esse processo segue por lá e nós vamos tratar dos danos civis, um processo civil contra o estado. Não é contra a polícia, é pela aquela abordagem que quem tem que bancar aquilo ali é o estado administrativo”, afirmou o advogado.

O jovem alegou que balaclava seria para se proteger do sol enquanto trabalhava na borracharia do pai. Em nota, a Polícia Militar do Piauí informou que os agentes foram afastados de suas atividades e que está apurando o caso, mas que não compactua com desvios de conduta.

Sammai Cavalcante, advogado da vítima João Henrique/Reprodução 

“Nós não estamos falando de uma indenização de 100 milhões de reais, mas também não estamos falando de uma indenização de R$ 2 mil porque a honra subjetiva de uma pessoa, você não pode atribuir valor e nós vamos tratar da ação indenizatória por danos morais. Quanto vale a moral de uma pessoa que passou por aquilo? Quem vai dizer é o juiz”, finalizou o advogado. Com informações do Portal Meionews 

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