A convocação para uma greve nacional de caminhoneiros, feita nos últimos dias pelas redes sociais e grupos de mensagens, não se confirmou nas estradas brasileiras. A mobilização vinha sendo articulada pela União Brasileira dos Caminhoneiros (UBC).
Apesar do chamado, a adesão ficou esvaziada em todo o país. Diversas entidades representativas da categoria divulgaram notas contrárias ao movimento, alegando partidarização e falta de uma pauta concreta.
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| Greve dos caminhoneiros tem baixa adesão e não afeta circulação no Piauí/Reprodução |
No Piauí, segundo Humberto Lopes, presidente do Sindicato dos Transportadores de Cargas e Logística do Piauí (Sindicapi), não há possibilidade de paralisação.
“Essa mobilização pelas redes sociais não se sustentou. No Piauí, a adesão é absolutamente zero. É um movimento de um grupo político tentando usar a força da categoria”, disse.
Lopes destacou ainda que o Piauí hoje oferece melhores condições para o setor, especialmente em infraestrutura viária e segurança.
“Antes muitos caminhoneiros evitavam vir para o estado. Hoje somos referência em segurança e em estradas. Não existe possibilidade de greve porque nem pauta real foi apresentada”.
Nas estradas, motoristas relatam que não encontraram bloqueios ou pontos de concentração relacionados ao movimento.
O caminhoneiro Carlos Júnior, que atua há 26 anos, afirmou que, apesar dos comentários nas redes sociais, não viu ações que indicassem início de greve.
“Falei com amigos no Pará, no Ceará e ninguém viu nada. Está tudo normal. Não tem motivo para greve. Só funciona se o grupo inteiro parar, não meia dúzia”, afirmou.
Baixa demanda de cargas
Mesmo sem greve, muitos caminhões no Piauí e em outros estados estão parados, segundo a categoria, por falta de demanda. Airton Júnior, com 22 anos de profissão, relata ter sentido uma queda considerável na movimentação.
“A demanda de carga está muito fraca, pior que no ano passado. Não sei o porquê”, comentou.
O presidente do Sindicapi, Humberto Lopes, ressalta que atual cenário de menor circulação de caminhões ocorre por motivos econômicos.
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| Humberto Lopes, Presidente do SINDICAP/Reprodução |
“A demanda está fraca. O mercado está inseguro, os juros estão altos e isso trava os investimentos. Há muito caminhão parado por falta de mercadoria para transportar”, concluiu. Com informações do Portal Cidadeverde.com


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