Edição Teodoro Neto
A Polícia Civil libertou os seis presos na manhã desta
quinta-feira, 30, na Operação Natureza após prestarem depoimentos no
Grupo de Repressão ao Crime Organizado – Greco.
O secretario estadual de segurança pública, coronel Rubens
Pereira informou que as prisões decretadas pela justiça eram temporárias e que
os presos poderiam ser libertados após o depoimento e prestação dos
esclarecimentos.
Foram libertado o superintendente da Semar, Carlos Antônio
Moura Fé, os servidores públicos Fabrício Napoleão Andrade e Daniele Melo
Vieira que são auditores ambientais, os empresários César Luis Barros Martírios
Moura Fé, Tiago Maximiano Junqueira, Carlos Alberto do Prado Tenório, o Bebeto
e Ivoneta Gontijo dos Santos.
O primeiro a ser libertado foi Tiago Junqueira e os últimos
Carlos Antonio Moura Fé e Carlos Alberto do Prado Tenório, o Bebeto.
A Polícia Civil divulgou os nomes dos sete presos na
operação “Natureza” contra esquema de corrupção e desvio de recursos públicos
na Semar. A operação foi comandada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado
(Greco).
O empresário Tiago Junqueira, um dos presos na Operação
Natureza, foi solto na tarde desta quinta-feira (30). O secretário de Segurança
Pública, coronel Rubens Pereira, afirmou que a libertação ocorreu porque a
prisão é temporária.
Em nota, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos
Hídricos (Semar), informou que está colaborando plenamente com a investigação.
Segundo o delegado Willame Morais, a polícia tem vasto
material que comprovam a participação dos presos. Houve quebra de sigilo
bancário, telefônico e fiscal.
Os presos recebiam propina para expedir licença ambiental no
estado.
Foram presos: o superintendente da Semar, Carlos Antônio
Moura Fé, os servidores públicos Fabrício Napoleão Andrade e Daniele Melo
Vieira que são auditores ambientais, os empresários César Luis Barros Martírios
Moura Fé, Tiago Maximiano Junqueira, Carlos Alberto do Prado Tenório e Ivoneta
Gontijo dos Santos.
Confira a nota completa:
A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos
(Semar) informa que está colaborando plenamente com a investigação em curso da
Polícia Civil do Estado do Piauí, através do Grupo de Repressão ao Crime
Organizado – Greco, que investiga crimes de corrupção ativa, corrupção passiva,
associação criminosa, advocacia administrativa, além de crimes ambientais.
As ações dos investigados são desde 2012 e a Semar se coloca
à total disposição para esclarecer quaisquer questionamentos, sempre visando à
transparência e o correto funcionamento da administração púbica.
Em entrevista coletiva, o delegado Willame Moraes, afirmou
que o superintendente da SEMAR era o grande organizador desse grupo criminoso.
“Eles praticavam alguns atos de irregularidade, alguns atos ilegais a favor de
alguns empresários tanto da capital como do interior do estado. De acordo com
as investigações o superintendente da SEMAR era o grande organizador desse
grupo criminoso, tinha conhecimento de tudo, utilizava de assessores que
trabalhavam na Secretaria para fazer intermediação ou favores que eram
requisitados pelos empresários”, declarou.
“A Polícia Federal recebeu essa informação, repassou para
Polícia Civil no caso do GRECO em 2015 só que os atos nós começamos a investigar desde 2012. Eles recebiam vantagens
indevidas, dinheiro, exatamente para fazer não só licenças ambientais mas
também outros tipos de fraude”, afirmou.
Em nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública e a
Polícia Civil do Estado do Piauí, através do Grupo de Repressão ao Crime
Organizado (GRECO), foi informado que a Operação investiga funcionários da
SEMAR desde 2012, depois de receber denúncia anônima, "pelos crimes de
desvio de verbas públicas, o uso irregular de bens públicos, emissão de
licenças ambientais de forma irregular [...]", informa a nota.
Leia Nota da Greco na íntegra:
A Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Civil do
Estado do Piauí, através do Grupo de Repressão ao Crime Organizado – GRECO,
comunicam que na data de hoje (30.08.2018), foi deflagrada a Operação NATUREZA
que teve por objetivo prender agentes públicos e empresários que cometeram
crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, associação criminosa, advocacia
administrativa, além de crimes ambientais.
Foram expedidos pela Dra. Júnia Maria Feitosa Bezerra
Fialho, titular da 4ª Vara Criminal de Teresina, 10 (dez) mandados de busca e
apreensão e 7 (sete) mandados de Prisão Temporária que foram cumpridos em
Teresina-PI, Regeneração-PI, Guadalupe-PI e Brasília-DF.
As investigações foram iniciadas em 2015, por meio de uma
denúncia anônima feita à Polícia Federal e, posteriormente encaminhada ao
GRECO, visando a apuração de ilícitos praticados por servidores da Secretaria
Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí (SEMAR-PI),
tais como desvio de verbas públicas, o uso irregular de bens públicos, emissão
de licenças ambientais de forma irregular, dentre outros.
As ações dos investigados ocorrem desde 2012 e o valor
estimado de prejuízo à Administração Pública é de R$ 3.129.236,04 (três milhões,
cento e vinte e nove mil, duzentos e trinta e seis reais e quatro centavos).
A operação contou como o apoio operacional da
Diretoria de Inteligência da SSP e Polícia Civil (DINT), Delegacia de Proteção
ao Meio Ambiente (DPMA), Divisão de Operações Especiais (DOE), Delegacia de
Repressão a Crimes de Internet (DRCI), Delegacia de Homicídio e Proteção à
Pessoa (DHPP), 4º Distrito Policial, Polícia Civil do Distrito Federal, 25º
Batalhão do Exército Brasileiro e Tribunal de Contas do Estado.
Meio Norte