Os professores da Universidade Estadual do Piauí aprovaram
estado de greve em assembleia na manhã desta segunda-feira (11). A categoria se
reuniu para deliberar sobre um indicativo de paralisação em reação contra uma
lei publicada no Diário Oficial que autoriza milhares de demissões de vários
órgãos do Governo do Estado, entre eles, a Universidade, de onde seriam
extintos mais 1000 cargos, incluindo professores e outros.
"Essa lei atrapalha porque ela não permite a mobilidade
dos professores dentro da carreira. Mobilidade esta por exemplo, um professor
que hoje tem mestrado e venha a concluir doutorado ele vai continuar sendo
mestre para a instituição e isso tem consequências gravíssimas como por exemplo
na pesquisa. Que motivação esse profissional vai ter em uma pesquisa se ele não
está recebendo como doutor??", afirmou Janete Brito, diretora financeira
da ADCES.
O estado de greve garante que em 72h após protocolado a
categoria poderá paralisar a qualquer momento em todo o Estado. "A gente
trabalha, mas podemos entrar em greve a qualquer momento. A menos que o Governo
nos receba até sexta-feira. O que foi proposto pelo deputado João de Deus e
pelo reitor é que vai haver a retirada da Uespi dessa lei, contudo a categoria
vai ficar em estado de greve, até que nós recebamos no papel os nossos direitos
garantido", enfatizou Lina Santana, presidente da Associação dos Docentes
da Uespi.
Simultaneamente uma reunião entre deputados estaduais e a
assessoria jurídica da instituição acontecia na reitoria e o saldo foi o envio
de uma proposição para a Assembleia Legislativa modificando essa lei e
excluindo a UESPI dessa lista de demissões. Porém, segundo Lina Santana o
governo precisa ainda receber a categoria para negociar salários e a promoção e
progressão dos professores. Caso o governo não sinalize um contato até
sexta-feira, a greve será deflagrada e uma nova assembleia já está prevista
para a próxima segunda-feira, no mesmo horário. - Rayldo Pereira
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