Uma das maiores vozes do Brasil, o cantor Cauby Peixoto, de 85 anos, morreu no início da madrugada desta segunda-feira (16) em decorrência de uma pneumonia. Ele estava internado há uma semana no Hospital Sancta Maggiore, no Itaim Bibi, em São Paulo. O velório do 'divo' da MPB está sendo realizado nesta manhã no salão nobre da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.
Nascido em Niterói, em 1931, Cauby iniciou sua carreira artística no final dos anos 1940 e ficou conhecido pelo timbre grave e aveludado e o visual extravagante. Depois de estrear na Rádio Tupi, o cantor gravou seu primeiro disco em 1951, batizado de 'Saia Branca'. Mas o grande sucesso viria em 1955, quando Cauby interpretou 'Blue Gardênia', sucesso na voz de Nat King Cole, em português. No ano seguinte, gravou a música que virou sua marca registrada, a clássica 'Conceição'.
Nos últimos 60 anos, o cantor lançaria mais de 50 discos, entre eles, o histórico LP 'Ângela e Cauby', de 1982, com os sucessos 'Começaria Tudo Outra Vez' (Gonzaguinha), 'Contigo Aprendi' (Armando Manzanero) e 'Boa-noite, Amor' (José Maria de Abreu e Francisco Matoso). Com Ângela Maria, Cauby formou diversas parcerias. Os dois se apresentaram juntos pela primeira vez na década de 1960 e, no início deste ano, viajaram com a derradeira turnê '120 anos de Música'.
Nas redes sociais, artistas prestaram homenagens ao icônico cantor. "Uma canção e um beijo muito carinhoso. É minha última homenagem ao querido Cauby Peixoto, que com sua voz inconfundível, linda, grave, doce e poderosa enfeitou nossa vida por tantas décadas. Se vai um querido amigo e vitorioso artista e galã de multidões", postou Daniela Mercury.
O comediante Luis Lobianco compartilhou vídeo postado por Patrícia Pillar. "Os brilhos, os blazers, o cavalheirismo, o rosto desenhado, a doçura, o camarim, o gin, a Conceição, A VOZ! Que inspiração arrebatadora, que artista! Cauby, obrigado por ter sido tanto nas minhas escolhas. Vou te ver e ouvir pra sempre, cada vez mais", disse o ator.
Veja o vídeo original da última musica que cauby gostaria de cantar.
Bruno Astuto / Época