PpC com informações do G1
O esquema criminoso investigado na Operação Turbulência,
deflagrada nesta terça-feira (21), pode ter financiado a campanha de reeleição
do então governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), em 2010, segundo a
Polícia Federal. "O esquema foi utilizado para pagar propina na campanha
do governador”, afirmou a delegada federal Andrea Pinho, durante entrevista
coletiva no Recife.
A operação prendeu nesta terça-feira quatro empresários
suspeitos de integrar a organização criminosa – João Carlos Lyra Pessoa de
Mello Filho, Eduardo Freire Bezerra Leite, Arthur Roberto Lapa Rosal e Apolo
Santana Vieira. Todos foram levados para a sede da PF, no Recife.
Eduardo Campos, morreu em 13 de agosto de 2014 em um grave acidente aéreo em Santos. |
Mello Filho afirma ser o dono do avião que caiu e causou a
morte do ex-governador de Pernambuco durante a campanha presidencial de 2014. A
PF verificou o envolvimento de empresas de fachada na compra da aeronave.
“Essas empresas transitavam entre si e realizavam
movimentações milionárias, na conta de outras empresas igualmente de fachada e
na conta de outros 'laranjas'. Elas integravam uma organização criminosa
especializada em lavagem de dinheiro, que vem desde 2010 e que decaiu após a
queda do avião", explicou a delegada.
A PF apura o repasse de R$ 18,8 milhões da empreiteira OAS, que é investigada na Lava Jato, para a Câmara & Vasconcelos, uma empresa de fachada envolvida na compra do avião de Campos. A empresa alegou que os recursos foram pagamento por serviços de terraplanagem em obras do Rio São Francisco.
A PF apura o repasse de R$ 18,8 milhões da empreiteira OAS, que é investigada na Lava Jato, para a Câmara & Vasconcelos, uma empresa de fachada envolvida na compra do avião de Campos. A empresa alegou que os recursos foram pagamento por serviços de terraplanagem em obras do Rio São Francisco.
O senador Fernando Bezerra Coelho (PSB-PE), ex-ministro da
Integração Regional do governo Dilma Rousseff (PT), responsável pela obra no
sertão nordestino, teria atuado na coleta de fundos para a campanha eleitoral
de Campos em 2010, segundo a polícia.
"O indicativo que a gente tem é que Fernando Bezerra
Coelho teria sido a pessoa encarregda de colher, digamos assim, os valores do
percentual devido para a campanha do ex-governador. Teria-se feito um esquema
criminoso. Se era ele de fato ou não, isso não tenho como afirmar",
apontou a delegada Andrea Pinho.
"Tudo começou com a história do avião, mas agora
queremos desarticular toda essa organização. Quem são os envolvidos, o que
fizeram e quem foram os beneficiados", completou o delegado Daniel
Silvestre.
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