Informações Graciane Sousa e Yala Sena/Cidadeverde.com
Edição Teodoro Neto/ParnaíbapontoCom
Se antes a presença de um policial armado - mesmo de folga -
era motivo de "segurança" para os donos de eventos, agora virou dor
de cabeça.
Diante dos últimos episódios em festas carnavalescas em
Teresina, as forças policiais resolveram adotar ações para impedir confusão
envolvendo policiais seja civil, militar ou federal.
Em reunião na manhã desta quarta-feira 17, na sede do
quartel da Polícia Militar do Piauí, ficou acordado que será proibida a
"carteirada" por parte dos policiais. A "carteirada" é um
recurso que profissionais que, valendo-se de suas qualidades, exigem tratamento
diferenciado. Eles usam sua carteira profissional para ter livre acesso a
festas, boates e prévias carnavalescas.
Participaram da reunião as Policias Militar, Civil, Federal,
Rodoviário Federal, Exército e agentes prisional. Os representares de bares,
boates e eventos carnavalescos também participaram da discussão.
Foi esclarecido para os donos de eventos que os policiais
não têm livre acesso em festas particulares. Eles precisam pagar para entrar. E
que alguns proprietários de casas de shows fazem concessão de livre acesso por
conta deles.
O coronel Alberto Menezes, coordenador geral de operações da
Polícia Militar do Piauí, informou que a instituição quer adotar um aplicativo
para identificar os policiais armados em festas. É no mesmo modelo do que
existe no Estado do Amazonas chamado de "Balada Segura".
Ficou acordado que os proprietários de casas de shows e
organizadores de evento vão destinar uma sala para os policiais guardarem suas
armas. Não será proibido entrar com pistolas, mas o policial terá opção de
deixá-la em um lugar seguro no estabelecimento privado. Será obrigatória a sua
identificação.
A orientação da Polícia Militar do Piauí é que os donos de
eventos na Capital disponibilizem acesso reservado para as autoridades com
porte de arma, recinto para identificação e/ou guarda da arma (cofre) e recibo
de entrega e devolução da arma.
"As autoridades com porte de arma, ao chegarem a
eventos desta natureza, devem se identificar como tal e apresentar o registro
da arma, bem como fotografar a identidade funcional e o registro de arma",
sugeriu o major Wilson Gomes, subcomandante do Comando de Policiamento
Especializado.
"Em caso de recusa, a segurança privada deve
imediatamente acionar a PM e a Corregedoria da Instituição ou autoridade
responsável", complementou o major.
O representante da Polícia Federal questionou a necessidade
da foto do registro, já que trabalham com investigação e podem estar no local a
trabalho.
Os pontos divergentes serão debatidos para que se chegue a
um consenso. Participaram da reunião no Quartel do Comando Geral da PM-PI
representantes das polícias Militar, Civil, Federal, Rodoviária Federal,
agentes penitenciários e donos de eventos.
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