Edição Parnaíbapontocom
Desde a noite desta segunda-feira, 04, quando o estudante da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPA) Rodrigo Quixaba deu um soco no rosto de Eliete Fontenele, árbitra em um jogo de futsal, uma explosão de comentários sobre o caso tomou conta das redes sociais de piauienses. De análises sobre o machismo no Piauí a comentários de solidariedade à vítima, o assunto ganhou inclusive repercussão nacional.
Quase 24h depois do ocorrido, a pergunta que se faz é: por onde está Rodrigo Quixaba?! E por que ele ainda não foi preso?!
O universitário foi dado como foragido pela mídia logo após os primeiros momentos da agressão. Na tarde desta terça, 04, o OitoMeia entrevistou o irmão do agressor, que é o advogado Carlos Henrique Quixaba. À reportagem, ele minimizou as agressões. Afirmou que Rodrigo está “assustado” e “com medo”, pois tem sofrido diversas ameaças especialmente através das redes sociais.
Segundo Carlos Henrique, o irmão que agrediu a árbitra teme sofrer um linchamento caso apareça novamente e por conta disso ele foi orientado a desativar todas as suas redes sociais. O advogado também defendeu que Rodrigo Quixaba não esteve foragido em nenhum momento e criticou que a mídia tem sido equivocada ao divulgar informações sobre o caso de agressão no qual o irmão é acusado. Segundo ele o irmão é uma pessoa boa e só agiu daquela forma porque “perdeu a cabeça”.
Em um primeiro momento, as informações que foram divulgadas davam conta de que o estudante teria fugido logo após agredir a juíza. Por toda esta terça-feira, Rodrigo Quixaba não foi encontrado e nem deu qualquer posicionamento sobre o acontecido. O irmão advogado, no entanto, alegou que nas redes sociais, várias fake news foram produzidas contra Rodrigo: “Ele teve que bloquear as redes sociais, porque fizeram montagens de fotos dele que não são verdadeiras”.
De acordo com o advogado, Rodrigo Quixaba não “fugiu”, como foi dito por toda a imprensa, sobre sua atitude momentos após a confusão. Segundo Carlos Henrique Quixaba, o irmão foi para a sua casa logo após dar um soco na juíza Eliete. No entanto, se deslocou para outro lugar, pois temeu ser seguido e agredido por outros estudantes. E ele não considera que isso é estar fugindo.
“Ele foi para a residência dele. A polícia não chegou a procurá-lo lá. Depois, ele ficou com medo de ser atacado por estudantes e foi para um outro local. Mas ele não ficou foragido em momento algum”, contou.
O advogado explicou que o estudante se apresentou na delegacia na manhã desta terça-feira, 04. No momento, a família aguarda que o laudo pericial na vítima seja concluído para que o agressor possa prestar esclarecimentos à Polícia.
“Não existia procedimento na Central de Flagrantes. Até o momento não há nenhum resultado. Ele não prestou esclarecimentos, porque não existe nenhum procedimento contra ele. Não existe um mandado de prisão. Não há nenhum procedimento que exija a necessidade que ele se apresente na delegacia, mas mesmo assim fomos lá e conversei com o delegado. Estamos aguardando o delegado concluir os procedimentos iniciais”, explicou.
“Ele perdeu a cabeça”, afirmou Carlos Henrique Quixaba sobre os julgamentos de que o irmão agrediu a juíza por motivos relacionados à questões de gênero, como o machismo no meio esportivo, por exemplo. Para o advogado o caso se tratou de um episódio posterior à uma briga. O advogado destacou que irmão é “adolescente”, um “acadêmico”e que faz parte de Ongs. Garante que nunca havia apresentado comportamento semelhante anteriormente.
“Foi uma briga generalizada e acabou que teve a agressão a árbitra aqui da cidade. Ele é um universitário, está cursando o sétimo bloco, é uma acadêmico que faz parte da direção do Centro Acadêmico do curso. Ele também participa de Ongs da instituição. É meu irmão caçula. É um jovem comum e nunca vi ele se envolvendo nesse tipo de situação. É um adolescente comum, saí e se diverte como qualquer outro”, descreveu.
Questionado sobre qual versão Rodrigo contou em relação aos momentos da agressão, o irmão se limitou a dizer que todo o caso se trata de uma situação a qual “ele não gostaria de estar fazendo parte”. O advogado informou que, no momento, Rodrigo está intimidado com as ameaças sofridas através das redes sociais. Entretanto, fará uma declaração sobre a agressão a juíza Eliete por meio da imprensa em breve, em data a ser comunicada oficialmente.
AINDA NÃO FOI COMUNICADO SOBRE A EXPULSÃO
O advogado informou que Rodrigo Quixaba ainda não foi notificado oficialmente sobre o processo de sindicância em relação a agressão dentro do campus da UFDPA. No entanto, pontuou o direito do irmão a prestar um posicionamento antes de que a instituição bata o martelo.
“Ele ainda não foi comunicado. Apesar do procedimento da universidade. Ele deve ser comunicado sobre qualquer tipo de decisão e preciso que haja o contraditório durante o procedimento administrativo. Acredito que em uma semana teremos informações mais claras sobre isso”, explicou. Informações OitoMeia
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