Os teresinenses sofreram diversos transtornos com a falta de
energia elétrica que teve início na sexta-feira (4) e que só foi 100%
restabelecida no domingo (6). Foram vários milhares de pessoas afetadas com o
apagão e até as unidades de saúde tiveram o funcionamento prejudicado. Em razão
disso, o Programa Estadual de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon)
instaurou processo administrativo contra a concessionária Equatorial. A falta
de energia em quase todos os bairros da cidade ocorreu após uma chuva com rajadas
de ventos de 100km/h, que derrubou fios e postes.
A portaria foi assinada nessa segunda-feira (7) pelo
promotor de Justiça e coordenador-geral do Procon, Nivaldo Ribeiro. A
Equatorial ainda não se posicionou sobre o caso e disse que ainda está consultando
o jurídico da empresa. O Procon determinou que a Equatorial apresente sua
defesa no prazo de 15 dias através de um relatório com o número de chamados
recebidos na sexta-feira (4), no sábado (5) e no domingo (6) relacionados à
falta de energia e em qual prazo foram atendidos, além das as ações adotadas.
Durante coletiva de imprensa nessa segunda-feira, o
presidente da Equatorial, Nonato Castro, e o diretor de Operações, Cosme
Cezário, apresentaram explicações sobre a falta de energia em Teresina. De
acordo com Cosme Cezário, foram mais de 1.300 chamadas no Call Center da
concessionária, 339 transformadores danificados e 15 postes tiveram que ser
trocados.
De acordo com o coordenador do Procon, a ausência do
fornecimento de energia elétrica atingiu milhares de consumidores, inclusive
serviços de relevância social como hospitais e maternidades. Na Maternidade
Dona Evangelina Rosa, os médicos tiveram que realizar uma cirurgia com o
auxílio da luz dos celulares. Já os corredores do Hospital de Urgência de
Teresina (HUT), ficaram totalmente no escuro e o gerador foi utilizado apenas
para os serviços mais importantes, como o funcionamento da Unidade de Terapia
Intensiva (UTI) por exemplo. O HUT ficou
sem energia das 18h30 de sexta-feira até às 5h do sábado.
O Procon quer ainda que a empresa informe o número de
atendentes que estavam disponíveis no call center no dia do apagão, além de
informações sobre as equipes disponíveis para o reparo dos serviços de
distribuição de energia elétrica e se houve medidas emergenciais no sentido de
aumentar o número de funcionários diante da elevação dos chamados.
Foi marcada para o dia 25 de outubro, às 9h, uma audiência
de conciliação para tratar da falta de energia e preservar os direitos dos
consumidores.
Da Redação com informações do Procon/Carta Piauí
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