Edição Teodoro Neto |
Famílias de duas mulheres vítimas de feminicídio em Teresina
se unem em manifestação na frente do Quartel Geral da Polícia Militar do Piauí.
O movimento- que pede Justiça e o fim da violência contra a mulher- está
marcado para as 17h00, desta quarta-feira (08).
Ambos os casos ocorreram em 2017: Iarla Barbosa foi
assassinada pelo namorado, que era tenente do Exército; Já Camilla Abreu foi
morta por um capitão da Polícia Militar do Piauí com quem mantinha um
relacionamento de meses.
"A manifestação será pacífica. Estaremos nos reunindo
para cobrar Justiça e paz no intuito de, pelo menos, diminuir os índices de
feminicídio no Piauí. Particulamente, nossa família quer a exclusão desse
capitão que não merece vestir a farda da PM", disse Jadeilton Rodrigues,
tio de Camilla Abreu.
Para fortalecer a manifestação, familiares conseguiram
ônibus para que mais pessoas também possam "abraçar" a causa. O
transporte sairá do Residencial Saturno (do comércio do Seu Luís), da creche da
Vila Uruguai (próximo a Uninovafapi) e da casa de Camilla Abreu na região do
Grande Dirceu ( proximidades da churrascaria O Xérem).
Jordy Mesquita, primo de Iarla Lima, frisa que as famílias
das vítimas não estão sozinhas na luta por Justiça. Ele comentou a ação
ingressada pela Advocacia Geral da União (AGU) que pede que o ex-oficial do
Exército, José Ricardo Silva Neto, 22 anos, seja transferido para um presídio
comum.
"A gente vê essa ação de forma otimista e esperançosa.
Sabemos que não estamos sozinhos nessa batalha. Órgãos como a OAB e a AGU, por
exemplo, também estão nos apoiando. Também vamos participar dessa manifestação
porque a luta não é só nossa, mas de toda a população. É satisfatório saber que
não estamos só", disse o primo de Iarla, assassinada em junho deste ano.
Pouco mais de três meses da morte de Iarla, Dulcineia Lima,
mãe da jovem, ainda não consegue conter as lágrimas.
"Primeiramente, tenho recorrido a Deus. Agradeçemos a
todos que têm nos apoiado. A gente pede que a população venha para a luta com a
gente, na rua, no manifesto", disse Dulcineia Lima. Informações Graciane
Sousa