O ministro da Saúde, Marcelo Castro, reassumiu ontem por
ofício a presidência estadual do PMDB no Piauí. Ele defende a permanência do
partido no Governo e é contra o impeachment da presidente Dilma, enquanto a
maioria do partido quer o rompimento e o impeachment.
Além de Marcelo Castro, votam João Henrique Sousa e o
deputado estadual Themístocles Filho, que são a favor do rompimento. No ano
passado, o ministro passou a presidência do PMDB ao vice-presidente, João
Henrique Sousa, depois que assumiu o Ministério da Saúde. Agora, ele entende
que, como presidente, terá direito a dois votos na reunião de hoje. Ainda
existe uma manobra dos governistas em busca de um entendimento, já que o PMDB
tem sete ministérios e um sem número de cargos no Governo. Marcelo é um dos
seis ministros peemedebistas e tem defendido a permanência da legenda no
governo.
O ministro considera precipitado o rompimento imediato do
partido com o governo Dilma. Marcelo Castro sinaliza ainda que pode não deixar
o governo mesmo após o PMDB desembarcar. Mas a decisão do PMDB de deixar o
governo já é dada praticamente como certa pelo Palácio do Planalto.
O ministro ressaltou que historicamente o PMDB sempre foi um
partido dividido. No entanto, afirma que não há nenhum desentendimento no
diretório. "O João Henrique (que estava no exercício da presidência do
PMDB do Piauí) é muito ligado ao vice-presidente Michel Temer. Ele já declarou
que vai votar pelo afastamento do Governo. Ou seja, pelo meu afastamento. Eu
sou presidente, posso reassumir.
O ex-ministro João Henrique disse que a situação não tende a
mudar. "O Marcelo tem o direito dele de voltar (à presidência do PMDB).
Ele aposta no voto qualificado, mas acreditamos que isso não muda muito a
situação", comentou.
Fonte: Diario do Povo
Edição: PpC
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