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A quantidade de pessoas desempregadas aumentou no Piauí no
início deste ano, registrando a maior marca das últimas duas décadas. Segundo
dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do
Trabalho, quase 10 mil demissões ocorreram somente em janeiro de 2016, o pior
desempenho desde 1992. Em fevereiro foram perdidos 3.475 empregos. Os setores
que mais demitiram foram industrial e comércio.
Ainda de acordo com dados do Caged, com relação à geração de
empregos, no mês de fevereiro dentre as cidades do Piauí que tiveram saldo negativo
estão: Esperantina, Miguel Alves, Piripiri, Campo Maior, Oeiras, Parnaíba, São
Raimundo Nonato, Floriano, Pedro II, José de Freitas e Teresina. No mês de
fevereiro, na capital, foram 4.847 pessoas admitidas e 7.642 demitidas, ficando
com um saldo negativo de 2.795 empregos perdidos.
No primeiro mês do ano, o Piauí era o quinto Estado do
Nordeste com o maior número de demissões. Segundo dados atualizados, entre as
cidades do estado com mais de 30 mil habitantes, somente Altos, Picos, Barras e
União tiveram saldo positivo na geração de empregos em fevereiro.
Em decorrência da falta de emprego, na sede do Sistema
Nacional de Emprego no Piauí (Sine), todos os dias, dezenas de pessoas procuram
por oportunidades. Mesmo com experiência em áreas específicas, muitas pessoas
abrem de suas qualificações para aceitar qualquer trabalho. Como é o caso de
Rogério Nascimento, de 38 anos, "Para pagar as dívidas, faz dois anos que
vivo de fazer 'bicos', porque, mesmo com a crise e o desemprego, as contas não
param de chegar. É preciso pagar água, luz, telefone", lamenta Rogério.
Sara Kelly Freitas também está desempregada e procurou o
Sine para tentar arranjar uma vaga de trabalho. "Eu sou manicure, mas
encontrar emprego está difícil. A situação fica pior, porque tenho duas filhas
para criar", diz. - diário do povo
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