A Polícia Federal informou que o ex-deputado Rodrigo Rocha
Loures (PMDB-PR), ex-assessor do presidente Michel Temer, foi transferido na
tarde desta quarta-feira (07) da Superintendência da PF em Brasília para o
Presídio da Papuda, na capital federal.
Rocha Loures foi preso preventivamente no último sábado (03).
Em março, ele foi flagrado pela PF recebendo em São Paulo uma mala com R$ 500
mil. Segundo delações de executivos da JBS no âmbito da Operação Lava Jato, o
dinheiro era a primeira parcela de uma propina que seria paga por 20 anos.
Na Papuda, Loures vai ficar na chamada "ala de
vulneráveis", construída para receber presos do mensalão. Inicialmente, a
transferência estava prevista para ocorrer após o depoimento, que foi adiado.
Inicialmente, ele prestaria depoimento na manhã desta
quarta, antes de ser transferido. A PF, porém, decidiu adiar a fala para a próxima
sexta. O advogado de Loures, Cezar Bitencourt, disse que, se o adiamento não
fosse concedido, a orientação era para seu cliente se manter em silêncio
durante a audiência.
Segundo a PF, o adiamento ocorreu para esperar a
manifestação do ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF),
sobre pedido da defesa, que quer o depoimento 48 horas após ter acesso a todo
material da investigação.
Antes de ser transferido, Loures estava preso na
Superintendência da PF numa cela de 9 metros quadrados, com beliche e uma cama.
O local não tem televisão, pia, chuveiro, nem janelas.
Outro pedido da defesa
Nesta terça-feira (06), a defesa de Rocha Loures pediu ao
Supremo Tribunal Federal (STF) que o ex-deputado passe por audiência de
custódia (audiência com juiz que analisa se há necessidade da manutenção da
prisão após flagrante) antes de eventual transferência para o presídio.
A defesa também pediu ao STF que assegure a Rocha Loures o
direito de não ter a cabeça raspada com a transferência para o presídio,
"como fizeram no Rio de Janeiro com Eike Batista" diz o texto do
pedido.
O ministro Fachin enviou o pedido para manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e ainda não decidiu sobre os pedidos.
O ministro Fachin enviou o pedido para manifestação do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e ainda não decidiu sobre os pedidos.
G1 |
Nenhum comentário:
Postar um comentário