quarta-feira, 7 de junho de 2017

Um caso de polícia, justiça e da administração municipal

Por Renato Santos
É do conhecimento público o recente episódio da prisão de um indivíduo em flagrante portando substancias entorpecentes, ato que se tornou rotineiro em Parnaíba, graças a eficiência dos organismos de segurança pública.
De caso a fato o meliante ao chegar na Delegacia disse às autoridades, voluntariamente quando questionado: que o veículo utilizado havia sido tomado por empréstimo de um amigo. Pela documentação apreendida ficou constatado que pertencia a Prefeitura de uma cidade próxima a Parnaíba. Fato oficialmente, desmentido de imediato.
Outra particularidade partiu também do acusado ao prestar a informação de que tinha vínculo empregatício com a Prefeitura de Parnaíba. Informação que ficou constatada por portaria de nomeação nº 220/2017 de 19/01/2017, e por uma suposta portaria de exoneração nº 983/2017 de 25/04/2017, esta jamais publicada no Diário Oficial do Município, procedimento que levantou diversas suspeitas da sociedade e amplamente divulgado pelos “blogs” locais.
Para não emitir qualquer comentário de afogadilho, busquei no Diário Oficial e não tendo encontrado a publicação da “suposta portaria”, tomei, como cidadão parnaibano, a iniciativa de buscar uma informação junto ao amigo e respeitado advogado, além de Procurador Geral do Município, Dr.Ricardo Mazulo, e fi-lo por meio de uma postagem em um “blog” no qual ele estava interagindo sobre o assunto.
Decorrido mais de 12 horas não obtive qualquer resposta e como havia dito na mesma postagem que iria considerar a omissão de relevante informação como um fato verídico para a “suposta” portaria, o faço agora, sem, todavia, expressar como simples cidadão o meu direito de não ficar calado diante dos fatos.
Não é a primeira vez que fica comprovado a participação de traficantes de drogas na atual gestão municipal ocupando cargos comissionados, isto é, de confiança. O primeiro caso houve um esclarecimento oficial do poder público destacando o interesse de reintegrar o acusado à sociedade dando-lhe uma oportunidade de trabalho; atitude louvável.
Na segunda vez a situação foi diferente, o funcionário comissionado afirma ter vínculo com a Prefeitura, além do que comprova portaria de nomeação de nº 220/2017, de 10/01/2017. O elemento foi preso em flagrante delito e se encontra encarcerado, acrescente-se que ele é um apenado da Justiça, fugitivo ou não, resta saber.
É intrigante como essas pessoas conseguem cargos públicos no município sem qualquer averiguação prévia dos seus conhecimentos e idoneidade, e pasmem quanto ao caso em tela, logo num dos setores que deveria ser composto por pessoas de ilibada reputação. É no mínimo uma situação deslavada de falta de comprometimento com a ética e os bons costumes.
Quantos e quantos profissionais estão em busca de oportunidades percorrendo as vias do mercado do trabalho local e não conseguem uma vaga, pois o que prevalece na seleção não é a meritocracia, mas, a anarquia facetada e o engodo.
Onde chegou nossa cidade!
Autoridades!
Ouçam o clamor da sociedade!
Averiguem oficialmente os fatos denunciados e os destinem às providências legais - sempre legais -, sob pena de se tornarem cúmplices da “vactancia”, se existente.
A situação é séria!
Urgem providências rápidas!
“Calado não posso ficar”.

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