Informações Cláudia Brandão/cidadeverde.com
Edição Teodoro neto/PpC
Em uma época de violência urbana sem precedente, o Piauí
vive uma situação inusitada. Enquanto 27 municípios dispõem de apena um
policial militar para cuidar da segurança da população, um único órgão público,
como a Assembleia Legislativa, chega a ter 150 policiais à sua disposição. Uma
distribuição totalmente desproporcional, que inverte completamente a ordem de prioridade na segurança pública,
já tão fragilizada por sucessivos assaltos, arrombamentos e sequestros relâmpagos.
O fato foi denunciado pela Rede de Controle ao Tribunal de
Contas do Estado, por meio de uma proposição para realização de audiência
pública para debater a questão. No documento protocolado ao presidente do
TCE, os signatários da Rede destacam que
os policiais, ao ingressarem na PM, o fazem “não para realizar serviços de
guarda patrimonial em outros órgãos da Administração Pública, em flagrante
desvio de finalidade e inequívoco prejuízo à população piauiense.”
Composta por vários órgãos de fiscalização e controle, a
Rede inclui Polícia Federal, Ministério Público, Receita Federal, Advocacia
Geral do Estado e da União, o próprio TCE e outros , que inclusive, também
dispõem de policiais para guardar o seu patrimônio. No documento apresentado,
foram listados 300 policiais nessa situação. É claro que eles não irão resolver
todo o problema do Piauí, mas que estão fazendo falta nas ruas, ah, isso estão.
Se pegarmos, por exemplo, o caso desses 27 municípios onde
há a presença de apenas um policial, seria possível alocar mais onze homens
para cada município, apenas com a redistribuição dos 300 que se encontram hoje
fazendo a guarda de prédios públicos. O Conselhiero Kennedy Barros, que endossa
a proposta da Rede, diz que a guarda patrimonial é de responsabilidade do
órgão, que pode perfeitamente contratar uma empresa terceirizada para esse
serviço. “ A população é que não pode ficar desprotegida”, ressalta.
Imagem ilustrativa | Web |
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