quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Professores de faculdade particular em Parnaíba fazem greve por falta de pagamento

Edição Parnaíbapontocom
Os docentes da Faculdade Internacional do Delta (FID), instituição de ensino privada em Parnaíba, no litoral do Piauí, estão em greve por tempo indeterminado desde o dia 5 de dezembro. A greve foi decretada após assembleia realizada pelo Sindicato dos Professores e Auxiliares da Administração Escolar do Estado do Piauí (Sinpro/PI) juntamente com a categoria no dia 30 de novembro. Os principais motivos do movimento grevista são a falta de pagamentos de salários, 13º, férias e falta de depósitos do FGTS e INSS, e melhores condições de trabalho. Os acadêmicos estão aflitos com a situação e também cobram soluções.
Os professores alegam total descaso por parte da administração da instituição, pois os alunos são os principais prejudicados e não há previsão para encerrar o período 2018.2, consequentemente os alunos que irão se formar ainda não conseguiram apresentar seus trabalhos de Conclusão de Curso (TCC).
O diretor acadêmico e professor da Faculdade Internacional do Delta, Josenias dos Santos Silva, trabalha na instituição há sete anos e está à frente do movimento. “A situação é complexa, desde o dia 5 de dezembro estamos em greve por razoes financeiras e intransigência da administração em não negociar com a categoria, além do descaso com a própria educação e com os alunos. Estamos publicando uma carta aberta hoje para explicar para a comunidade acadêmica, já que a Administração não se posiciona sobre o problema. O fato é que a educação é tratada como mercado, como negócio, e os profissionais da educação sendo precarizados”, denuncia o professor.
Os estudantes da faculdade apoiam as reivindicações dos professores, mas querem que o problema seja solucionado rapidamente. “Desde o começo do período, 2018.2, a gente percebe que a faculdade está meio diferente. Os professores começaram a faltar, é ar-condicionado queimado, a estrutura física não está lá essas coisas e daí foi feito uma reunião com o Corpo Docente e participação de alguns alunos. Nessa reunião foi noticiado que os professores estavam com os salários atrasados e com isso eles começaram a faltar. A situação pirou e os professores começaram a faltar de vez. Há duas semanas foi protocolado um documento e iniciada a greve. O Sindicato dos Professores não estava conseguindo acordo com a faculdade”, diz o estudante de História, Rodrigo Oliveira, de 24 anos.
Em Carta Aberta, a categoria diz que a estratégia dos administradores é não reconhecer a crise que a Faculdade passa e não conversar de forma harmoniosa com os profissionais que lá trabalham, além da comunidade acadêmica que depositou confiança na seriedade e qualidade da instituição.
"O resultado imediato disso é o problema ora apresentado, assim como a queda na qualidade do que vem sendo ofertado à comunidade acadêmica em termos de ensino e infraestrutura, vide o último resultado do Índice Geral de Cursos (IGC) e Conceito Preliminar de Curso (CPC) do MEC, com a queda de 4 para 3 na nota da instituição. Diante do exposto, contamos com o apoio e compreensão de todos, mas seguimos a nossa luta por uma educação de qualidade, que só pode ser concretizada com a valorização dos trabalhadores”, diz trecho da carta. As informações são do Piauí Hoje.


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