Um pesquisador do instituto Datafolha foi agredido com chutes e socos por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), em Ariranha, segundo informação publicada pelo jornal Folha de S.Paulo.
O funcionário entrevistava uma pessoa, quando Rafael Bianchini se aproximou e, aos gritos, passou a exigir que também fosse ouvido para o levantamento. "Só pega Lula" e "vagabundo" foram alguns dos termos gritados pelo eleitor no meio da rua.
O ataque ao pesquisador teria começado quando a entrevista com o outro morador foi finalizada. Ele foi atingido pelas costas, e o tablet usado para a entrevista foi derrubado no chão. Quando o pesquisador reagiu às agressões, ele passou também a ser atacado pelo o filho de Rafael. Os vizinhos precisaram intervir no ataque. Na sequência, o homem entrou em sua casa e voltou instantes depois ameaçando-o com uma peixeira. O filho o conteve.
Rafael Bianchini acusado de ameaçar e agredir pesquisadora (Foto: Reprodução)
"O pesquisador estava desempenhando seu trabalho e foi covardemente agredido fisicamente. Nada justifica qualquer tipo de agressão. Estamos acompanhando um aumento da hostilidade em relação aos pesquisadores e isso é muito preocupante", disse Luciana Chong, diretora do Datafolha, em entrevista à Folha.
Ele foi atendido num pronto-socorro da cidade e liberado. Um boletim de ocorrência foi registrado na delegacia da cidade.
OUTRAS OCORRÊNCIAS
O Datafolha contabilizou dez intercorrências em municípios de diferentes regiões do país, num universo de 470 pesquisadores.
Na semana passada, uma funcionária do instituto foi abordada e hostilizada por um segurança de um estabelecimento comercial após realizar uma entrevista em frente a este local.
Nenhum comentário:
Postar um comentário