sábado, 22 de fevereiro de 2025

Passageiro que estava em avião que declarou emergência por pouco combustível relata medo: 'Você pensa que tudo vai acabar ali'

O jornalista e radialista maranhense Marcos Vinicius, de 54 anos, era um dos passageiros do voo da Azul que precisou declarar emergência por baixo nível de combustível após tentativas frustradas de pouso em São Luís e Teresina (PI). A aeronave acabou desviando para Parnaíba, no Piauí, onde pousou com segurança.

Avião da Azul pousou em segurança às 17h49/Reprodução Marcos Vinicius

Ao g1, Marcos contou que viajava com a família, incluindo sua esposa, sogra, cunhada, sobrinho e sua filha, Dandara Maria, que havia acabado de completar 15 anos. Ele relatou que, quando o voo arremeteu pela primeira vez, ainda em São Luís, o momento foi de tensão e medo.

Marcos relatou que viajava com a família, incluindo sua esposa, sogra, cunhada, sobrinho e sua filha, Dandara Maria/Reprodução Marcos Vinicius

"No aviso do comandante, o que mais passa pela nossa cabeça é que estamos com nossa família do lado. Você pensa que tudo vai acabar ali, que é o fim de tudo. Foi o momento mais tenso da minha vida na aviação civil. Só pensava que estávamos na mão de Deus e do piloto, que tinha várias vidas sob sua responsabilidade", relata.

Segundo o radialista, logo após a primeira tentativa de pouso em São Luís, os passageiros ficaram sem entender o motivo da arremetida. Foi então que o comandante informou que, devido às más condições climáticas, a aeronave não poderia aterrissar em São Luís. Em seguida, ele anunciou que tentaria um pouso em Teresina.

Acostumado a viajar, o radialista conta que já esteve em voos internacionais, mas nunca passou por algo parecido.

“Ele tentou pousar em Teresina, mas as condições estavam ainda piores. Foi então que seguimos para Parnaíba, e naquele momento só restavam 30 minutos de combustível. Mas, e se ele não tem condições de pousar em Parnaíba? O que seria de nós até chegar no aeroporto de Fortaleza? Não teríamos como chegar", conta.

Marcos explicou que só soube do aviso de emergência, indicando que restavam apenas 30 minutos de combustível, após o pouso em Parnaíba, quando conversava com outros passageiros e a aeronave era reabastecida. Segundo ele, até então, os passageiros não tinham informações sobre a autonomia do voo.

Após o pouso, os passageiros tiveram que aguardar cerca de uma hora pelo reabastecimento da aeronave. Para Marcos, o problema poderia ter sido evitado com um planejamento mais detalhado feito pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

“Por exemplo, se o avião sabe, na rota, de que no destino final há indícios de grandes temporais, ele já poderia ter feito um pouso emergencial antecipadamente, pra aguardar as melhorias das condições climáticas da cidade de São Luís, que não estava apto a pousos como o que aconteceu”, disse. Informações G1 Maranhão 

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