Editado por ParnaibapontoCom |
A Primeira Turma do Tribunal Regional Federal da 2a. Região
(TRF-2) revogou prisão domiciliar da ex-primeira-dama do estado do Rio Adriana
Ancelmo, em julgamento na tarde desta quarta-feira (26).
Com a decisão, Adriana terá que deixar seu apartamento no
Leblon e voltar para a prisão, no complexo penitenciário de Gericinó. O recurso
foi aceito no início da tarde e, posteriormente, os desembargadores começaram a
debater o mérito da volta da ex-primeira-dama à prisão. A ordem para a volta
dela foi decretada por volta das 15h05.
Representante do Ministério Público, a procuradora Silvana
Batini alegou que Adriana deveria perder o benefício pelo risco de destruir
provas e ocultar patrimônio obtido ilicitamente, por meio de esquemas de
corrupção comandados por seu marido, o ex-governador Sérgio Cabral, preso desde
novembro.
A procuradora também destacou que as medidas preventivas
determinadas pelo juiz Marcelo Bretas para que Adriana fosse para casa - como a
proibição do uso de telefones e de acessar a internet - são ingênuas e inócuas.
"A liberdade dela [Adriana] põe em risco o esforço de recuperação dos
recursos que foram desviados dos cofres públicos. Dinheiro que hoje faz falta
aos servidores, aos aposentados, à saúde pública, à segurança, à Uerj",
afirmou Silvana, ressaltando reconhecer que os filhos menores de Adriana estão
abalados com a situação.
"A vida dessas crianças tem, sim, um vazio, mas esse
vazio não pode ser preenchido pela lei. Elas têm família, que esteve unida para
proteger o patrimônio e certamente estará unida para proteger as
crianças".
Adriana Ancelmo teve a prisão preventiva convertida em domiciliar em março, pelo juiz Marcelo Bretas da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro |
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