Editado por ParnaíbapontoCom |
Principal fiador do presidente Michel Temer (PMDB) no
Congresso Nacional, o PSDB decidiu na noite desta segunda-feira (12), em
reunião ampliada da executiva nacional e de demais lideranças do partido, que
vai permanecer na base aliada. Os tucanos adotarão o discurso de que não podem
desembarcar agora do governo, sob o argumento de que um eventual rompimento com
Temer poderia prejudicar a aprovação das reformas da Previdência e trabalhista.
Na reunião, prevaleceu o entendimento de que, enquanto as
reformas estiverem tramitando no Congresso Nacional, o PSDB deve continuar ao
lado do peemedebista. Nos bastidores, tucanos também defendem que, após o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) absolver Temer da cassação, a legenda deve
agora aguardar a possível denúncia contra o presidente que o procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, pode apresentar até o fim de junho.
Ex-ministro das Relações Exteriores de Temer, o senador José
Serra (SP) foi o primeiro a anunciar a decisão. Em entrevista à imprensa, ele
afirmou que a maioria dos tucanos decidiu se manter na base aliada até que
novos fatos surjam. “O PSDB não fará nenhum movimento agora no sentido de sair
do governo. Se os fatos mudarem, terão outras análises”, afirmou o parlamentar.
“É um governo que tocou adiante compromissos que assumiu conosco. Isso é visto
como algo positivo”, acrescentou.
A reunião foi comandada pelo presidente interino do PSDB,
senador Tasso Jereissati (CE), e contou com as presenças de várias lideranças
do partido. Entre elas, a do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e a do
prefeito da capital paulista, João Doria. Os quatro ministros da sigla – Bruno
Araújo (Cidades), Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo), Aloysio Nunes
(Relações Exteriores) e Luislinda Valois (Secretaria de Direitos Humanos) –
também participam. Com a decisão de não desembarcar, os quatro permanecerão nos
cargos. - Veja
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