Edição Teodoro Neto |
Em assembleia após a audiência de conciliação com o
desembargador Edvaldo Moura nesta terça-feira (19) os agentes penitenciários
decidiram pela manutenção da greve, em concordância com a decisão do próprio
magistrado sobre a realização do movimento. Na reunião entre governo e
sindicalistas não houve acordo nem a respeito da formação de uma comissão para
tratar das pautas do movimento.
Segundo o diretor jurídico do sindicato, Vilobaldo Carvalho,
a audiência apontou como está a negociação com o governo do estado. “O governo
não levou nenhuma proposta, ao desembargador citar as propostas o estado se
manteve inerte sem se manifestar acerca das propostas e por fim o desembargador
propôs uma comissão em que as partes poderiam sentar para que tentassem o
entendimento”, disse Vilobaldo.
Segundo o sindicalista o governo não concordou nem em criar
uma comissão para discutir a pauta salarial do movimento “Uma prova inequívoca
da má vontade do governo em dialogar com as categorias e um total desrespeito
ao poder judiciário e a uma decisão do final do ano passado em que as pautas
pendentes seriam tratadas este ano com o governo”, comentou a respeito da
motivação para greve iniciada em 11 de setembro.
Agentes penitenciários mantém greve no Piauí
Vilobaldo explicou que a decisão do desembargador Edvaldo
Moura a respeito do funcionamento das unidades prisionais é cumprida pelos
agentes “A greve é legal e vamos caminhar com o movimento de forma organizada
com o papel de orientar em sentido de cumprir a decisão do poder judiciário”,
afirmou acrescentando que os agentes não tem condições de atender todas as
demandas do sistema prisional com atendimento a visitantes e audiências com
atual efetivo.
O diretor explicou ainda que a Casa de Custódia tem 336
vagas e atualmente ultrapassa os 1000 presos. “É basicamente o triplo da
capacidade. Fere a lei de execuções penais quando mistura presos provisórios e
sentenciados. Tem uma resolução do Conselho Nacinal de Polícia Criminal e
Carcerária, que é bastante clara ao dizer que para cada 5 presos tem de ter um
agente. Hoje teríamos de ter no mínimo 50 agentes no plantão”, afirmou.
A Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus) manifestou-se
dizendo que as pautas devem ser debatidas em 2018 e que a determinação do TJ
sobre o movimento paredista deve ser cumprida. Informações do G1 PI
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