Edição Teodoro Neto |
No dia em que uma carta supostamente escrita por um membro
do PCC (Primeiro Comando da Capital), endereçada a cúpula da Secretaria de
Justiça do Piauí, é divulgada pelos agentes penitenciários, a greve nos
presídios do Estado resulta em “bate boca” nas redes sociais e através da imprensa
entre líderes do movimento e o próprio secretário de Justiça, Daniel Oliveira.
A crise é tamanha que servidores e o secretário já
demonstram abertamente terem perdido o respeito de ambos os lados. Enquanto o
presidente do Sindicato dos Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), José
Roberto, manda áudios para a imprensa chamando o secretário de perturbado
mentalmente, o secretário atrapalha e não deixa o noticiário ao vivo ouvir a
versão de dirigentes sindicais a respeito da greve.
Enquanto isso, do lado de dentro da Casa de Custódia, um
preso que se intitula do PCC escreve uma carta que, em seguida, é vazada pelos
agentes penitenciários. Na correspondência, o suposto preso cobra as visitas
que estão suspensas no sistema penitenciário por causa da greve. Nas
entrelinhas passa uma mensagem de que os presos podem ecoar, a qualquer
momento, um protesto.
A tensão que toma conta do sistema penitenciário do Piauí já
respingou até mesmo na Ordem dos Advogados do Piauí, depois que uma comissão
não teria sido recebida por Daniel Oliveira (também advogado).
Para tentar pôr fim a greve, o Governo e os penitenciários
têm uma reunião marcada para para esta terça-feira(19).
Nenhum comentário:
Postar um comentário