Edição Teodoro Neto
Vítima ficou com hematomas pelo corpo (Foto: Arquivo pessoal) |
“Eu não considero esse homem como um policial militar. Ele
não representa a corporação e a farda que veste”. Esse foi o depoimento da
mulher agredida no rosto com um tapa de um policial, durante uma abordagem. O
caso ocorreu no Centro de Teresina na sexta-feira (1º) e gerou revolta entre
populares. A Corregedoria da Polícia Militar instaurou um inquérito para
investigar a postura do policial.
Ainda bastante machucada, com hematomas pelo corpo, a mulher
que tem 20 anos e trabalha como atendente de telemarketing, falou ao G1 que
tudo começou quando ela procurou um vendedor de celular no Centro de Teresina
para desfazer o negócio ao se sentir enganada.
“Eu tinha trocado meu celular por um modelo mais avançado,
mas depois percebi que o aparelho repassado para mim era uma réplica, ou seja,
não era original. Após um discussão a polícia foi acionada e o policial já
chegou com agressividade comigo dizendo que eu tinha roubado o celular”,
afirmou.
Um vídeo que o G1 teve acesso mostra um policial militar
dando um tapa no rosto de uma mulher, durante uma abordagem. Nas imagens, a
mulher aparece falando com dois policias e um deles grita com ela e, em
seguida, a agride.
O policial também chega a ameaçar outros populares que
acompanham a confusão. Outro PM afasta a mulher, enquanto o policial que deu o
tapa continua gritando e sai. A cena foi assistida por dezenas de pessoas que
passavam pelo local.
A mulher relatou que sofreu vários tipos de ameaça e que foi
agredida fisicamente. “O policial me acusou sem provas e ainda por cima me
bateu. O pior que ele [policial] disse que se fosse pela noite iria me bater
até a morte. Estou toda roxa. Vou correr atrás dos meus direitos. Em nenhum
momento desacatei ele [policial], só peguei meu celular da mão dele e provei
que era meu”, contou.
Um Boletim de Ocorrência foi feito na Central de Flagrantes
de Teresina. “Quando chegamos na delegacia o homem que tinha me acusado de
roubo retirou a denuncia e ainda reconheceu que tinha errado. Se o policial
tivesse ouvido os lados isso não teria acontecido. O policial foi totalmente
despreparado e quero justiça”, disse a mulher ainda abalada com o
acontecimento.
A Corregedoria da Polícia Militar instaurou um inquérito
para investigar a postura do policial, que já foi identificado. Ele será
intimado a prestar depoimento sobre o ocorrido. A polícia ainda vai avaliar se
o autor das agressões será afastado do cargo.
De acordo com o tenente-coronel John Feitosa, relações
públicas da PM, o caso já está sob investigação e tudo será esclarecido. O
oficial disse que com o final do procedimento de apuração o policial poderá
sofrer algum tipo de punição. Informações do G1 PI
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