Edição Teodoro Neto |
O Juiz Luiz Moura, da Central de Inquéritos, determinou a
prisão preventiva dos dois policiais militares haviam sido presos
administrativamente por não preservarem o local do crime, e levarem parte do
dinheiro apreendido durante a tentativa de assalto ao Banco do Nordeste. Os PMs
estavam na carceragem do Comando Geral da Polícia Militar, em Teresina e foram
transferidos da para o Presídio Militar.
De acordo com a tenente-coronel Elza Rodrigues,
superintendente de comunicação da Polícia Militar, o comandante do 5º BPM,
major Flávio Pessoa, e o subcomandante major Nivaldo Santos foram afastados por
conta da forma como foram realizados os procedimentos após o crime.
“Tendo em vista algumas divergências procedimentais, o
comando decidiu afastar os dois para esclarecimento de fatos. O comando
entendeu que seria necessário tomar essa decisão, para melhor conduzir as
investigações”, disse a tenente-coronel Elza Rodrigues.
A tenente-coronel Elza Rodrigues conta que o major Pessoa
afirma não ter dado a ordem para que os policiais levassem o dinheiro da cena
do crime para a sede do 5º Batalhão. “Conversei com ele hoje e ele disse para
mim que não deu essa determinação de levar o dinheiro para quartel, que quando
ele chegou os PMs já estavam lá”, disse. Os R$ 300 mil continuam desaparecidos.
Cena do crime violada
A tentativa de assalto à agência do Banco do Nordeste
localizada na zona Leste de Teresina foi frustrada com a chegada de uma equipe
da Polícia Militar. Os policiais conseguiram prender um dos membros da
quadrilha dentro da agência bancária. O suspeito carregava sacos plásticos
cheios com o dinheiro roubado do cofre do banco.
Após a prisão, uma parte dos policiais seguiu em diligências
para prender outros suspeitos, enquanto dois PMs ficaram no local do crime.
Segundo a Polícia Militar, os dois PMs, que não tiveram seus nomes divulgados,
levaram parte do dinheiro roubado até a sede do 5º BPM.
Durante a contagem do dinheiro apreendido, a Polícia Civil e
o Banco do Nordeste perceberam que havia R$ 300 mil a menos do que o valor que
teria sido retirado da agência pelos assaltantes. Um inquérito policial foi
aberto no GRECO (Grupo de Repressão ao Crime Organizado) e também uma
investigação interna da Polícia Militar, e os dois PMs foram presos
cautelarmente. Informações G1 PI
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