quarta-feira, 16 de julho de 2025

Mulheres suspeitas de atuar em facção criminosa são alvos de operação no Piauí

O Departamento de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO) e a Polícia Militar deflagraram, na manhã desta quarta-feira, 16, a Operação Sintonia Feminina. A ação tem como alvo 29 pessoas, sendo 28 mulheres diretamente envolvidas com atividades de uma facção criminosa.

Ao todo, estão sendo cumpridos 29 mandados de prisão e 45 ordens de busca e apreensão em Teresina e também nos municípios de Parnaíba, Luís Correia, Oeiras, Picos, Canto do Buriti, Monsenhor Gil, Altos e Campo Maior.

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Mulheres suspeitas de atuar em facção criminosa/Reprodução Cidadeverde.com

Entre os crimes investigados estão organização criminosa (Lei 12.850/2013), tráfico de drogas, roubo e receptação de veículos, porte ilegal de arma de fogo e tentativa de homicídio.

As investigações começaram após a prisão em flagrante de L. V. de S., conhecida como “Malévola”, ocorrida no dia 6 de fevereiro deste ano, na zona Sudeste de Teresina. Na ocasião, ela foi flagrada com drogas, um carro roubado e material considerado de interesse para a polícia. A análise desse material revelou uma estrutura criminosa formada por mulheres, com funções bem definidas e uma atuação organizada. 

Um dos indícios dessa coordenação foi a descoberta de um grupo de WhatsApp, onde 75 mulheres suspeitas de integrar a facção criminosa repassavam informações aos membros da organização e planejavam ações criminosas.

Durante as diligências, a Polícia Civil identificou que uma das principais lideranças femininas da facção era companheira de Marcelo Aparecido Brandão, o “Visionário”, criminoso de alta periculosidade já preso em outra ação, a Operação Draco-117, realizada em São Raimundo Nonato. Conforme o Draco, a conexão entre os dois reforça a ligação entre as lideranças da facção em atuação no estado.


O delegado Charles Pessoa, coordenador do Draco, explicou que o crime organizado no Piauí tem registrado um aumento na participação de mulheres, não apenas como colaboradoras, mas em posições estratégicas.

"Esse fenômeno, já identificado em outras investigações do Draco, exige respostas qualificadas por parte das forças de segurança. Muitas dessas mulheres estão ocupando funções de comando, disciplina, logística e comunicação", ressaltou o delegado.

A operação mobilizou equipes da Diretoria de Polícia Especializada, Polícia Civil, Polícia Militar, Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP), Batalhão de Operações Aéreas, BEPI, BOPE, Guarda Civil Municipal, Inteligência da SSP e o Canil, atuando de forma integrada no combate ao crime organizado. Com informações do Portal Cidadeverde.com

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