Dois homens e uma mulher foram presos nesta terça-feira, 1º, em Teresina, suspeitos de sequestrar e torturar uma mulher para que ela revelasse o paradeiro de um jovem desaparecido, irmão de um dos envolvidos no crime..
Segundo a Polícia Civil, a vítima foi abordada no bairro Parque Piauí, colocada à força no porta-malas de um carro e agredida com pedaços de madeira. Os suspeitos queriam que ela delatasse o local onde estaria o homem desaparecido, com quem ela teria tido contato na noite anterior.
A vítima foi abordada e colocada à força no porta-malas de um carro e agredida com pedaços de madeira/Reprodução
“Não foi um sequestro para resgate, foi para obter informação. Eles privam uma pessoa de liberdade, mediante sofrimento e violência física e isso configura crime de tortura, e não apenas um sequestro simples como foi registrado inicialmente”, explicou o delegado Leonardo Alexandre, titular da 4ª Delegacia Seccional do Piauí.
As agressões foram presenciadas por moradores da região, que acionaram a Polícia Militar. Os suspeitos foram liberados após pagamento de fiança no valor de R$ 500,00 cada. No entanto, o caso foi reavaliado pela 4ª Seccional, que identificou elementos mais graves. A prisão preventiva foi solicitada e deferida pela Justiça.
“Nós fizemos uma revisão da situação e constatamos que o caso se tratava de um sequestro qualificado e do crime de tortura, que não constavam no auto de prisão em flagrante. Dessa forma, colhemos um novo depoimento da vítima para comprovar a situação, a materialidade desses crimes. O exame de corpo de delito comprovou as lesões temporais. A vítima reiterou que foi submetida, mediante tortura, a intenso sofrimento, sendo obrigada a entrar no veículo sob ameaça de morte para revelar onde estaria o suposto desaparecido”, completou o delegado.
Durante a investigação, a polícia descobriu que o jovem desaparecido, irmão de um dos presos, é usuário de drogas e havia deixado voluntariamente a residência. Ele foi localizado quatro dias depois.
“A vítima foi alvo de uma injustiça. Não há comprovação de que a vítima tenha qualquer envolvimento com o desaparecimento. O Estado do Piauí, por meio de sua estrutura policial, está hoje plenamente equipado para dar resposta rápida a esse tipo de ocorrência. Não há justificativa para a sociedade agir dessa forma, quando temos a Polícia Civil e a Polícia Militar à disposição 24 horas, com aparato adequado para localizar pessoas desaparecidas”, alertou Leonardo Alexandre. Com informações do Portal Cidadeverde.com
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