Representantes de aldeias indígenas do Piauí estiveram no
Palácio de Karnak nesta terça-feira (19) para participar de solenidade em
homenagem ao Dia do Índio, e aproveitaram para cobrar do governador Wellington
Dias (PT) a demarcação de terras, bem como políticas públicas de saúde e
educação. Eles entregaram uma carta com uma série de reivindicações.
O cacique dos povos indígenas de Piripiri, José Guilherme,
denunciou a morte de seis índios da sua aldeia. “Morreram à míngua. Quando a
gente adoece, chegamos em Piripiri e mandam logo para Teresina. A gente precisa
de um posto de saúde que atenda o nosso povo”, reivindicou o índio.
Ele ainda destacou os problemas na demarcação dos
territórios indígenas. Referindo-se diretamente ao governador, o cacique
ressaltou que precisa que algo seja feito. “São 12 anos de luta, não 12 dias. O
meu povo é o dono das terras e está sofrendo. Você também passou por
dificuldades, você é parente nosso”, disse José Guilherme.
A cacique Francisca Cariri, de Queimada Nova, falou sobre as
dificuldades enfrentadas pelos jovens para o acesso à educação. "Nós
estamos aqui cobrando os nossos direitos. Ainda estamos desassistidos das
políticas públicas. Nossos jovens estão sem estudar porque não têm transporte
para eles irem à escola”, lamentou a índia.
Governador com caciques indígenas do Piauí |
Segundo o governador Wellington Dias, o Estado tem tomado
medidas independentes da Fundação Nacional do Índio (Funai), que é ligada ao
Governo Federal. “Hoje nós assinamos dois atos. Uma é a autorização para
pesquisa a ser feita pela Uespi e pela Ufpi, com o objetivo de identificar as
comunidades indígenas do Piauí. O outro foi a criação do Distrito de Saúde
Indígena”, disse Wellington.
Sobre a regularização das terras, o governador destacou que
é importante o reconhecimento da propriedade para que os índios possam ser
beneficiados com pagamentos oriundos dos investimentos eólicos que estão sendo
feitos em algumas regiões do Piauí. - O Dia
Edição: PpC
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