O governo federal propôs que o salário mínimo, que serve de
referência para mais de 48 milhões de pessoas no Brasil, suba dos atuais R$ 880
para R$ 945,80 a partir de janeiro de 2017, com pagamento em fevereiro do
próximo ano.
O percentual de correção do salário mínimo, pela proposta,
será de 7,47%. Se confirmado, esse índice deverá cobrir apenas a inflação do
período, ou seja, não haverá aumento real do mínimo.
A informação consta na proposta de orçamento federal para
2017 encaminhada pelo governo ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (31),
último dia do prazo legal para o envio do documento. Na LDO, a proposta era de
que o salário mínimo fosse para R$ 946 no próximo ano.
Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatísticas
e Estudos Econômicos (Dieese), pelo menos desde 2003 os reajustes autorizados
vem garantindo aumento real no salário mínimo. Em 2016, o ganho foi de 0,36%
acima do INPC.
De 2002 a 2016, o salário mínimo aumentou 77,18% acima da
inflação, segundo o Dieese, passando de R$ 200 para R$ 880.
Valor ainda pode mudar
Esse valor proposto para o salário mínimo em 2017 pelo
governo federal, entretanto, ainda pode ser alterado no futuro, com base nos
parâmetros estabelecidos para sua correção (crescimento do PIB do ano de 2015 e
da inflação, medida pelo INPC, deste ano). O PIB de 2015 não vai mudar, mas a
estimativa de inflação para este ano pode ser alterada até o fim de 2016.
Salário mínimo necessário
Segundo cálculo do Departamento Intersindical de Estatística
e Estudos Socioeconômicos (Dieese) o salário mínimo necessário para suprir as
despesas de uma família de quatro pessoas com alimentação, moradia, saúde,
educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência deveria ser de R$
3.992,75 em julho deste ano.
O salário mínimo necessário para suprir as despesas de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.992,75 em julho deste ano
Editado por ParnaíbapontoCom
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