Por seis votos a três, o Supremo Tribunal Federal decidiu
não afastar o senador Renan Calheiros da presidência do Senado. O ministro
Marco Aurélio Mello criticou a Corte e o Senado pela decisão.
“O Supremo saiu, a meu ver, como a última trincheira da cidadania,
desgastado. Também saiu desgastado o Senado”, disse em entrevista ao Jornal da
Manhã. “As gerações futuras e a história serão cobradoras impiedosas (...) Não
vejo com bons olhos a decisão do tribunal”, completou.
O ministro atendeu a um pedido liminar feito pela Rede
Sustentabilidade e afastou Renan Calheiros (PMDB-AL) do cargo por pouco tempo.
A alegação da Rede é de que Renan não poderia estar na linha de sucessão da
presidência da República por ser réu em ação penal. Marco Aurélio afirmou que o
que credencia o senador a assumir a presidência é seu cargo como chefe do
Senado.
Marco Aurélio também alegou que, em sua decisão, frisou que
se pulasse o Senado, neste caso, para que o presidente do Senado não viesse,
devido a alguma eventualidade, assumir a cadeira de chefe de Estado. “Nós
precisamos corrigir rumos e, para corrigir rumos e chegar a dias melhores, há
de se respeitar a lei das leis da República, que é a Constituição”, disse.
O ministro do Supremo também negou que tenha ocorrido uma
negociação para determinar uma saída para qualquer impasse criado.
Ministro Marco Aurélio Melo, “Nós precisamos corrigir rumos e, para corrigir rumos e chegar a dias melhores, há de se respeitar a lei das leis da República, que é a Constituição”
Edição ParnaibapontoCom | Notícias ao Minuto
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