Edição Teodoro Neto |
Pelo menops 80 alunos do curso de Licenciatura em Educação
do Campo ocuparam nesta terça-feira (8) a reitoria da Universidade Federal do
Piauí, em Teresina, e afirmaram que só deixarão o local depois que o reitor
divulgar o edital do vestibular para o curso. Segundo a assessoria de
comunicação da UFPI, o curso faz parte do programa Procampo, cancelado pelo
governo federal no ano passado.
Quando chegaram, os alunos afirmaram que houve confronto com
a guarda da UFPI. Com a discussão, a porta da entrada da reitoria, que é de
vidro, foi quebrada. Alguns estudantes afirmam terem sido agredidos. Os
seguranças não se identificaram, mas também relataram terem sofrido agressões.
Uma professora afirmou que foi hostilizada ao tentar registrar um vídeo do momento
da ocupação. Ninguém ficou ferido.
Segundo o aluno Sávio Santos Tabajara, o protesto acontece
porque o reitor Arimateia Dantas se comprometeu ainda no ano passado a divulgar
um edital para o curso, mesmo se o governo federal cancelasse o programa nacionalmente.
Contudo, afirma que há um ano não ocorre a seleção.
"Esse curso fazia parte do Programa de Apoio à Formação
Superior em Licenciatura em Educação do Campo (Procampo) e quando a UFPI foi
assinar o termo para participar no programa, o reitor garantiu que se o curso
fosse fechado, a UFPI teria condições de manter a oferta, já que o povo
piauiense sobrevive da agricultura. O programa foi extinto e o curso ficou a
cargo apenas da UFPI. Nós tememos que a não oferta do curso durante um longo
período gere a extinção total e isso seria prejudicial porque agregara muito às
cidades polo", afirmou.
Hoje, a Licenciatura em Educação do Campo é ofertada em
Teresina, Picos, Floriano e Bom Jesus. Essa é a terceira vez que os alunos
ocupam a reitoria e pedem a publicação do edital. Eles destacam que as aulas
dos alunos já matriculados não estão sendo afetadas.
Segundo a assessoria de comunicação da instituição, "o
reitor tem total interesse em retomar o edital" e garantiu que isso será
feito, mas ainda não há previsão. A assessoria lamentou ainda o fato "de
os alunos terem quebrado a porta da reitoria, destruindo o patrimônio
público" e disse que "a ação dos alunos não é compativel com a
postura de universitários" acreditando que estão sendo "incentivados
por militantes de outros grupos".
A reitoria informou que se reunirá com um grupo de
professores do curso para tratar da retomada do vestibular e buscar acordo com
os alunos que fazem o protesto. Informações de Gilcilena Araújo e Maria Romero/G1PI
Porta da reitoria foi quebrada quando alunos chegaram (Foto:
Gilcilena Araújo/G1)
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