Edição Teodoro Neto |
Os membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)
que ocupavam a fazenda do senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira,
estão em outra propriedade, em frente as terras ocupadas anteriormente. Os trabalhadores
informam que estão na nova ocupação, enquanto aguardam a definição do Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) à respeito de uma possível
desapropriação.
De acordo com o diretor nacional do MST no Piauí, João Luís
Vieira, a nova ocupação não tem prazo para terminar. “Estamos acampados em uma
outra área em frente àquela que a gente estava antes e vamos continuar por lá”,
comentou João Luís Vieira.
O diretor do MST explicou que existe um contato com o
proprietário das terras onde as famílias estão no momento, para que possa ser
constituído um assentamento para os ocupantes. “Vamos manter as terras ocupadas
e estamos em contato com o proprietário. Vamos ficar naquela área até o governo
regularizar uma área em que possamos trabalhar”, disse.
A primeira ocupação aconteceu no fim do mês de julho na
Fazenda Junco, de 726,5 hectares, às margens da BR-316, no povoado Chapadinha
Sul, em Teresina. Ainda no mês de julho a juíza da 5ª Vara Cível de Teresina,
Maria das Neves Ramalho, determinou a reintegração da posse.
Após a determinação os manifestantes chegaram a ocupar a
BR-316 em manifestação contra a desocupação da propriedade e a presença de
seguranças armados no local. Após o protesto, os ocupantes passaram para a nova
propriedade, onde estão no momento. “Continua a mesma segurança com homens
armados lá na fazenda”, disse João Luís Vieira.
De acordo com o Incra, o processo a respeito da Fazenda
Junto continua em análise no órgão. Sobre a nova ocupação, o órgão informou que
caso seja apresentado oficialmente o pedido de vistoria desta nova área, o
Instituto analisará a demanda. Informações de Carlos Rocha/G1PI
Movimento Sem Terra (MST) montou acampamento no fim de julho
(Foto: Catarina Costa/G1)
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