terça-feira, 8 de agosto de 2017

MST desocupa fazenda do senador Ciro Nogueira e acampa em nova propriedade

Edição Teodoro Neto |
Os membros do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) que ocupavam a fazenda do senador e presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, estão em outra propriedade, em frente as terras ocupadas anteriormente. Os trabalhadores informam que estão na nova ocupação, enquanto aguardam a definição do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) à respeito de uma possível desapropriação.
De acordo com o diretor nacional do MST no Piauí, João Luís Vieira, a nova ocupação não tem prazo para terminar. “Estamos acampados em uma outra área em frente àquela que a gente estava antes e vamos continuar por lá”, comentou João Luís Vieira.
O diretor do MST explicou que existe um contato com o proprietário das terras onde as famílias estão no momento, para que possa ser constituído um assentamento para os ocupantes. “Vamos manter as terras ocupadas e estamos em contato com o proprietário. Vamos ficar naquela área até o governo regularizar uma área em que possamos trabalhar”, disse.
A primeira ocupação aconteceu no fim do mês de julho na Fazenda Junco, de 726,5 hectares, às margens da BR-316, no povoado Chapadinha Sul, em Teresina. Ainda no mês de julho a juíza da 5ª Vara Cível de Teresina, Maria das Neves Ramalho, determinou a reintegração da posse.
Após a determinação os manifestantes chegaram a ocupar a BR-316 em manifestação contra a desocupação da propriedade e a presença de seguranças armados no local. Após o protesto, os ocupantes passaram para a nova propriedade, onde estão no momento. “Continua a mesma segurança com homens armados lá na fazenda”, disse João Luís Vieira.
De acordo com o Incra, o processo a respeito da Fazenda Junto continua em análise no órgão. Sobre a nova ocupação, o órgão informou que caso seja apresentado oficialmente o pedido de vistoria desta nova área, o Instituto analisará a demanda. Informações de Carlos Rocha/G1PI
Movimento Sem Terra (MST) montou acampamento no fim de julho (Foto: Catarina Costa/G1)
Movimento Sem Terra (MST) montou acampamento no fim de julho (Foto: Catarina Costa/G1)

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