A Polícia Federal e a Controladoria Geral da União deflagraram, nesta sexta-feira, 19, a Operação 45 Graus, em Miguel Alves, a 118 km de Teresina. Conforme a CGU, há indícios de desvios de recursos federais, por meio de fraudes em contratos de manutenção de ar condicionado.
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PF cumpre mandados por desvio de recursos federais em prefeitura no interior do Piauí/Reprodução |
Para a realização das fraudes, houve a criação de uma empresa de fachada que seria de propriedade de um agente político da cidade. Os nomes dos suspeitos não foram divulgados. O g1 tentou e ainda não conseguiu entrar em contato com a gestão municipal.
Ao todo, foram expedidos 15 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Miguel Alves e Teresina, além do sequestro de bens e valores do montante aproximado de R$ 1 milhão. O trabalho conta com a participação de três auditores da CGU e cerca de 52 policiais federais.
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PF cumpre mandados por desvio de recursos federais em prefeitura no interior do Piauí/Reprodução |
Alguns dos mandados foram cumpridos na Prefeitura e no hospital municipal da cidade, além de residências de suspeitos.
"O objetivo é aprofundar investigação relativa a desvio de recursos, corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a execução de serviços de manutenção e conservação de ar-condicionado custeados com recursos federais em Miguel Alves, que são postos em prática por intermédio de empresa ligada a agente público do município contratante", informou a CGU.
As investigações iniciaram após denúncia e indicaram que a empresa foi favorecida na contratação para a prestação dos serviços e que pertencia a um agente político do município, cujo nome não foi informado.
Na apuração, a Controladoria contatou ainda que a empresa não tinha capacidade técnica e operacional para executar os serviços de manutenção e conservação de ar-condicionado. Ao todo, pelo menos R$ 1,4 milhão foram pagos sem que os serviços tenham de fato sido executados, de acordo com a CGU.
Os recursos, de origem federal, deveriam estar sendo destinados a ações nas áreas de saúde e assistência social do município.
"O aprofundamento das investigações evidenciou a existência de 'laranjas' no quadro societário da empresa e a utilização destes para dissimular a destinação dos valores ao proprietário de fato e, por fim, a agentes públicos de Miguel Alves , caracterizando os crimes", explicou a CGU.
Segundo a PF, os investigados poderão responder pelos crimes de frustração do caráter competitivo de licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, associação criminosa, além de outros delitos que possam surgir no curso das investigações. G1 Piauí
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