O guarda civil municipal Thiago Henrique Fernandes da Silva Félix, 35, foi exonerado do cargo após a conclusão de um inquérito administrativo que apurou condutas graves cometidas pelo servidor. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município na segunda-feira, 10.
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| Guarda municipal exonerado por falsificar atestados médicos/Reprodução |
A medida teve como base o relatório final da Comissão Permanente de Inquérito Administrativo da Corregedoria da SEMUSP. Dentro da corporação, Thiago já apresentava comportamento suspeito e foi descoberto que ele havia entregue 35 atestados médicos falsos nos últimos três anos.
Segundo o secretário municipal de Segurança Pública, coronel Wagner Torres, a demissão foi motivada pela falsificação de atestados médicos comprovada em processo administrativo disciplinar conduzido pela Corregedoria da Guarda Civil Municipal. O ato foi considerado irregular gravíssimo e resultou na demissão formalizada pelo prefeito, autoridade competente para aplicar a penalidade.
“O servidor foi demitido por procedimento irregular gravíssimo (falsificação de atestados médicos). O fato configura improbidade administrativa e ilícito penal, devendo os autos ser remetidos ao Ministério Público. O ex-servidor também responde a outro PAD por prisão em flagrante pelos crimes de roubo, estelionato e ameaça, além de dois processos criminais por roubo armado e estupro”, diz a decisão.
Foram 10 atestados médicos em 2025, desses seis eram falsos, em 2024 foram 11 atestados médicos e em 2023 foram 20 atestados médicos. Totalizando 41 atestados médicos, desses 35 eram falsos.
A fraude foi confirmada pela Secretaria Municipal de Segurança Pública logo após a prisão do servidor. Conforme as investigações internas, os crimes teriam sido cometidos enquanto ele usava a farda da corporação.
O ato marca o encerramento do processo administrativo contra Thiago Henrique Fernandes da Silva Félix, que segue preso à disposição da Justiça por uma série de crimes praticados contra mulheres em Teresina.
Guarda Civil é indiciado por aplicar golpes em mulheres após marcar encontros
Investigações
Thiago Henrique foi preso preventivamente em 11 de julho de 2025, após ser indiciado por estelionato, roubo majorado e ameaça contra mulheres. Ele havia sido detido em 18 de junho, suspeito de assaltar mulheres e aplicar golpes em um posto de combustíveis.
“Ele responde a outros processos criminais, incluindo roubo, estelionato, ameaça e estupro de vulnerável, relacionados a assaltos após encontros com mulheres, fraudes em postos de combustível e outros ilícitos que resultaram no cumprimento de mandado de prisão”, acrescentou o secretário.
Segundo as investigações da 8ª Delegacia Seccional de Teresina, o guarda marcava encontros com mulheres em sites de relacionamento, usava arma de fogo durante os crimes e roubava celulares e dinheiro das vítimas.
As investigações começaram quando Thiago deixou um celular roubado como garantia de pagamento em um posto de gasolina. A apuração revelou que ele utilizava o mesmo método para roubar mulheres com quem marcava encontros, usando o cargo para intimidá-las.
O inquérito policial apontou ainda que o acusado já respondia a outros processos por crimes semelhantes em diferentes delegacias, incluindo a 4ª Seccional, na região do Dirceu. Na 8ª Seccional, ele foi formalmente indiciado por dois estelionatos, três roubos majorados e duas ameaças com agravante de gênero, por serem cometidos contra mulheres. Com informações do Portal Cidadeverde.com
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