O governador Wellington Dias (PT) encaminhou à Assembleia
Legislativa do Piauí (Alepi), na última sexta-feira (2), uma mensagem do
projeto de lei com os termos do acordo judicial entre o Governo do Piauí e a
Associação das Vítimas da Barragem de Algodões (Avab). O texto prevê a
liberação de R$ 60 milhões para as 900 vítimas do rompimento da barragem,
ocorrida em 2009.
Ao O DIA, o representante da Avab, Corsino Medeiros,
informou que os moradores aceitaram a proposta do Governo, que é de um terço do
valor requerido pela associação, para que o processo chegue ao fim e as vítimas
tenham acesso ao dinheiro. “Aceitamos o acordo para agilizar o pagamento. É
melhor a gente receber esse dinheiro ainda vivo. Agora aguardamos a aprovação
do texto pelos deputados, para que tenhamos acesso aos recursos”, diz Corsino
Medeiros.
O governador Wellington Dias (PT) comentou sobre o acordo.
“Para mim é uma satisfação. Sei que ninguém consegue devolver a vida das
pessoas e eliminar todo o sofrimento que ali ocorreu. Mas acho que fazer todo
esse diálogo para gerar esse entendimento foi muito importante. E é por isso
que estou disponibilizando, mesmo em um momento de grandes dificuldades, o
valor de 60 milhões de reais na forma que foi homologada pelas partes,
homologada pelo judiciário. Agora estaremos trabalhando para a aprovação na
Alepi e queremos iniciar imediatamente o pagamento”, pontuou.
Na época do rompimento, em 2009, uma força tarefa composta
pelo Governo Estadual, Prefeitura, instituições religiosas e sindicatos
garantiu o amparo emergencial às vítimas e a reconstrução de casas e estradas,
e a recuperação de energia elétrica e sistema de água, bem como construção de
escolas, postos de saúde e pontes.
O valor devido a cada uma das vítimas será pago com
depósitos nas suas contas correntes individuais, indicadas à Secretaria de
Assistência Social e Cidadania (Sasc). Ao fim de cada doze meses, o valor da
parcela será corrigido pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
EspecialIPCA-E do IBGE, apurado no período.
Corsino Medeiros: "É melhor a gente receber esse dinheiro ainda vivo. Agora aguardamos a aprovação do texto pelos deputados, para que tenhamos acesso aos recursos”
Ed. ParnaíbapontoCom
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