Dois policiais militares do Piauí, um sargento e um soldado, foram presos nesta quinta-feira, 30, por descumprimento de missão, desobediência e prevaricação. Os militares teriam sido flagrados em um motel enquanto estavam em serviço.
Em entrevista ao Notícia da Manhã, o advogado dos militares, Otoniel Bisneto, negou que seus clientes tenham entrado nas dependências destinadas aos hóspedes do estabelecimento.
|  | 
| Viatura da corregedoria da Polícia Militar do Piauí/Reprodução | 
“O que chegou é que as viaturas estavam dentro do motel, mas não. O motel tem área reservada aos clientes e tem área reservada aos colaboradores que vão lá para fazer suas refeições e passar o contexto diário do trabalho. Os policiais foram convidados a tomar café e adentraram pela área administrativa, a convite da gerência, algo que é normal e acontece diariamente. Eles nunca passaram para a área dos quartos, que inclusive tem uma entrada diferenciada”, afirmou o advogado.
Segundo Bisneto, o caso ganhou repercussão apenas por causa do local. “O que está causando todo esse alvoroço é porque eles estavam na área administrativa de um motel. Naturalmente, se estivessem em uma praça, talvez não ocorresse isso”, disse.
O advogado também criticou a atuação da Corregedoria da Polícia Militar, que segundo ele estaria agindo de forma “inquisitorial”.
“A Corregedoria vem exercendo um papel de perseguição e o que a gente chama no direito de overcharging. Eles exageram nas acusações e não existe internamente nenhum procedimento preparatório para apurar qualquer denúncia que chegue”, declarou.
Além dos crimes militares, os agentes também foram autuados por violência psicológica contra a policial que estava na viatura. Sobre a acusação, Bisneto defendeu que não houve qualquer tipo de constrangimento.
“A parte final da leitura desse artigo deixa bem claro quais são as ações que levam a ser enquadrado pelo núcleo do tipo penal. Não há constrangimento, não há limitação do direito de ir e vir. A palavra ‘mediante’ deixa claro que só há constrangimento se houver certas ações, o que não aconteceu”, argumentou.
Os dois policiais permanecem presos e devem passar por audiência de custódia nesta sexta-feira, 31.
“Hoje vamos demonstrar que esse flagrante, além de ilegal, não justifica prisão preventiva dentro dos preceitos do Código Processual Militar”, completou o advogado.
A reportagem não conseguiu contato com a defesa da policial militar envolvida no caso. O espaço permanece aberto para esclarecimentos. Com informações do Portal Cidadeverde.com
 
 
Nenhum comentário:
Postar um comentário