Em entrevista à Globo News, na semana passada, o secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, detalhou a Operação Carbono Oculto 86, investigação que desbaratou um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro ligado ao Primeiro Comando da Capital (PCC) nos estados do Piauí, Maranhão e Tocantins. O secretário anunciou que irá formalizar um pedido de ingresso da Polícia Federal nas investigações, que seguem em andamento.
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| Chico Lucas, Secretário de Segurança Pública do Piauí em entrevista ao canal Globo News/Reprodução TV |
Diferente do crime organizado tradicional e violento, a operação revelou o perfil de alto padrão dos investigados. Segundo Chico Lucas, a organização criminosa atuante no ramo de combustíveis era composta por pessoas que "frequentam os melhores lugares", são "próximas de autoridades" e têm um convívio social na elite local. Por não ter histórico de violência, a Justiça de não decretou as prisões preventivas solicitadas pelo Ministério Público.
A Carbono Oculto 86 investiga o que as autoridades classificam como o primeiro braço financeiro do PCC descoberto em São Paulo com atuação no Nordeste. O esquema envolvia um fundo de investimento da "Faria Lima" – termo que se refere ao centro financeiro paulistano – que aplicava recursos por meio de uma rede de 49 postos de combustível. O volume financeiro movimentado pela organização criminosa é estimado em R$ 5 bilhões ao longo de dois anos.
A operação destacou a importância da integração entre estados. As investigações só avançaram após o compartilhamento de informações entre o Ministério Público e o GAECO (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do Piauí com seus homólogos em São Paulo. "Se o crime é organizado, só com o Estado organizado, sem vaidades e sem essa busca do protagonismo, nós teremos uma solução definitiva para o crime organizado", concluiu Chico Lucas. Com informações da Globo News

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