O 2° Batalhão da Polícia Militar do Piauí, na cidade de
Parnaíba, tem um novo modelo de atendimento dedicado à criança, mulher e idoso
vítima de violência. A ideia será copiada pelos municípios piauienses com o
objetivo de melhor atender as demandas da população. Essa iniciativa acontece
desde 2015 na cidade e teve bons resultados durante o período de tempo. O
secretário de Estado da Segurança Pública, Fábio Abreu, juntamente com as
autoridades no assunto estão receptivos ao modelo de trabalho.
O procedimento adotado pelo Grupamento de Atendimento
Especializado à Criança ao Idoso e à Mulher (Gaecim) e a metodologia foi
aplicada aos representantes da temática no Piauí. De acordo com Lucena,
tenente-coronel, a cidade de Parnaíba continha números alarmantes de violência,
por isso a necessidade de encontrar uma solução para resolver tantos
crimes. “Percebemos que, nesses casos,
precisávamos dar um atendimento diferenciado, já que muitas vezes essa
violência acontece no âmbito familiar”, enfatiza.
Lucena complementa sobre o trabalho da equipe Gaecim e de
que forma é a atuação. Um dos diferenciais é a presença de mulher, pois ela é
mais bem receptiva na hora de contornar situações desa natureza, por exemplo.
“Trabalhamos com 30 policiais. Cada equipe do Gaecim é composta por três
policiais militares, dois policiais masculinos e uma policial feminina. A
presença feminina é fundamental para que as mulheres que sofreram violência
fiquem menos constrangidas e se sintam mais à vontade ao relatar suas queixas,
principalmente no que se refere aos crimes sexuais. O Gaecim também faz o
trabalho de fiscalização de medidas protetivas, com visitas periódicas às casas
de vítimas que estão sendo amparadas judicialmente.”, pontua.
Ten Cel Lucena, comandante do 2º BPM |
É uma nova forma de atuação que merece uma maior atenção dos
gestores públicos. “A Secretaria da
Segurança já está organizando essa capacitação, que deverá ocorrer até agosto.
Além dos profissionais daqui, iremos contar com a experiência de profissionais
de fora. O público-alvo dessa formação serão policiais militares, civis,
delegados, escrivãs, peritos, profissionais de saúde e outros profissionais que
fazem atendimentos dessas vítimas”, conclui a delegada Thais Paz, coordenadora
do Núcleo de Pesquisa de Feminicídio da SSP.
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