quarta-feira, 30 de novembro de 2016

Ex-modelo que morreu no voo da Chape largou a TV para ser pilota

Com o passar dos dias e o reconhecimento da trajetória de cada uma das vítimas do voo da Chapecoense, histórias incríveis vão vindo à tona para emocionar ainda mais o público, que ainda se recupera do choque que tirou 71 vidas na última segunda-feira, na Colômbia. Sisy Gabriela Arias Paravicini, morta na tragédia, é protagonista de uma das histórias mais surpreendentes: mesmo com carreira promissora na televisão, ela largou tudo pelo sonho de ser pilota.
A modelo, que tinha 29 anos, acreditava que pilotar um avião era como guiar um carro. “Teu corpo e tua mente já sabem o que você tem que fazer, você só precisa aproveitar o passeio”, disse ela em entrevista publicada pelo periódico boliviano El Deber no ano passado.
No trágico voo da empresa Lamia, que caiu nos arredores de Medellín junto com a delegação da Chapecoense, a boliviana fazia parte da tripulação e não resistiu à queda. Sisy havia concluído um curso de voo nos Estados Unidos antes de retornar à Bolívia para tentar um emprego em alguma companhia aérea.
Antes disso, tudo indicava que ela seguiria os passos da família e brilharia como modelo ou apresentadora de televisão. Seu pai, Jorge Arias, bastante popular na Bolívia, é apresentador, jornalista e advogado, além de dono da emissora Gigavision. Junior e Carly Arias, irmãos da modelo, também são apresentadores de TV.
“Os pilotos têm a vida de centenas de pessoas nas mãos. Isso não é uma pressão?”, questionou o El Deber. “Há diferentes tipos de pressão”, respondeu a modelo. “Um deles é publicar notícias para que as pessoas possam ver, outra é carregar a vida de 300 pessoas e a dor da família delas”.
“Desde o momento em que reviso o avião antes de decolar para ver se está em boas condições, é inexplicável. Às vezes você pensa que um motor pode falhar e que talvez seja a última vez que você está em solo, mas logo lembro que posso ir aonde quiser, e a sensação de estar lá em cima é incrível”, acrescentou.
“Te amo, te amei e sempre te amarei. Aqui não há um adeus, mas você se adiantou um pouquinho”, escreveu seu pai Jorge quando soube da morte da filha.
Sisy Gabriela Arias Paravicini, morta na tragédia
- Sisy Arias “Desde o momento em que reviso o avião antes de decolar para ver se está em boas condições, é inexplicável. Às vezes você pensa que um motor pode falhar e que talvez seja a última vez que você está em solo, mas logo lembro que posso ir aonde quiser, e a sensação de estar lá em cima é incrível”





PpC com informações do IG


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